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Fogo-Fátuo: Um delírio absurdamente queer

Fantasia e delírio. Desde o primeiro momento somos confrontados com o absurdo que permeia esta autointitulada fantasia musical de João Pedro Rodrigues . Uma lembrança fantasiosa de uma vida imaginada de um príncipe, de nome Alfredo, que decide ser bombeiro. Não um mundo realista, mas um imaginado, um mundo sonhado que emana a mais intoxicante, alucinante e deliciosa queerness . Fogo-Fátuo é um filme que nos desafia, mas, através do absurdo, nos seduz para o seu mundo intimamente pessoal. É um musical, uma fantasia, uma sátira, um humor ácido e deliciosamente queer que envolve cada momento, desde comentário sobre as alterações climáticas a imagens eróticas de bombeiros saídos de uma fantasia sexual gay. Nada está a salvo de uma visão irónica neste filme, e é isso que o torna tão impactante. Seja o romance do filme, o erotismo dos corpos masculinos que habitam este mundo de fantasia, a própria masculinidade, tudo é distorcido por uma visão irónica do mundo que coloca as suas estruturas